Ah! Para sempre! Para sempre! Agora
não nos separemos nem um dia...
Nunca mais , nunca mais, nesta harmonia
das nossas almas de divina aurora.
A voz do Céu pode vibrar sonora
ou do Inferno a sinistra sinfonia,
que num fundo de astral melancolia
minh'alma com a tu'alma goza e chora.
Para sempre está feito o augusto pacto!
Cegos serenos do celeste tato
do Sonho envoltos na estrelada rede,
E perdidas, perdidas no Infinito
as noossas almas, no clarão bendito,
hão de enfim saciar toda esta sede...
(Cruz e Sousa)
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