quarta-feira, julho 23, 2008

Em 2050 seu amante poderá ser ...um robô muito sensível!

As relações amorosas entre humanos e robôs deixarão de ser, dentro de algumas décadas, tema de ficção científica, afirmam pesquisadores prevendo que máquinas com "emoções" e "personalidade" sejam uma realidade até o ano 2050.


Esses cientistas não falam apenas de sexo mecânico. "Estamos falando de amor, calculo que isso pode ocorrer dentro de 40 anos", assegurou David Levy, autor do livro "Amor + sexo com robôs" , ao participar de uma conferência internacional na Universidade de Maastricht, sudeste da Holanda.

"Será possível quando houver robôs que tenham emoções, personalidade, consciência. Poderão conversar conosco, poderão nos fazer rir, poderão dizer que nos amam, assim como um humano", acrescentou.

Robôs que servem como brinquedos sexuais invadirão o mercado dentro de cerca de cinco anos, prevê Levy , que farão o papel de bonecas sexuais otimizadas, superiores às que são vendidas atualmente".

Estas terão um discurso eletrônico e sensores que as tornarão capazes de emitir "sons agradáveis" quando os humanos tocarem suas "zonas erógenas".

Mas fabricar robõs que sejam casais de verdade levará um pouco mais de tempo, já que a principal dificuldade do fabricante é aperfeiçoar a arte da conversação nessas máquinas.

Os cientistas trabalham para desenvolver personalidade artificial, emoção e consciência e alguns robôs são como se estivessem vivos. Mas, há muitas outras coisas e a mais difícil de todas é a conversa.

"Você deseja que seu robô seja capaz de falar coisas interessantes ; quer um parceiro que tenha interesses similares aos seus; fale de um modo que você goste, que tenha um senso de humor parecido com o seu ", explicou o especialista.

O campo da conversação entre humanos e robôs é crucial para a fabricação de robôs pelos quais possamos nos apaixonar e está muito atrasado em relação a outras áreas de desenvolvimento, disse o autor.

"Estou seguro de que isso ocorrerá dentro de cerca de 40 anos, talvez antes . Encontraremos robôs, um casal de robôs que conversarão conosco e gostaremos de conversar com eles, como se fossem pessoas verdadeiras. Estou seguro disso".

A tese explisiva de Levy, cuja divulgação causou furor na comunidade científica, suscitou uma série de questionamentos de ordem ética.

O acadêmico britânico Dylan Evans resalta o paradoxo inerente a qualquer tipo de relação com um robô.

"O que é absolutamente crucial no sentimento de amor é a crença de que o amor não é incondicional nem eterno e nem podem escolher alguém, não podem rejeitar. Essa relação pode se transformar em algo muito tedioso e podem levar o humano a tornar-se cruel com seu parceiro indefeso", disse Evans.

Um robô poderá talvez ser programado para ter vontade própria e capacidade para rejeitar seu parceiro humano, e será muito difícil encontrar quem compre esse tipo de máquina.

Alguns advertem que essas máquinas poderão ser incontroláveis.

"Não se pode exagerar as possibilidades. Atualmente, a inteligência artificial que somos capazes de criar é equivalente a uma criança de um ano", segundo o pesquisador holandês Vincent Wiegel, da Universidade Tecnológica de Delft.

Apesar disso Levy é otimista. Está convencido de que os robôs de amar se tornarão uma realidade e serão bem humanos.

"Há milhões de pessoas sozinhas no mundo, talvez porque sejam tímidas, feias eu tenham problemas pessoais de personalidade ou sexuais. Sempre haverá milhões de pessoas incapazes de ter relações satisfatórias com outros seres humanos e a solução para elas não é : prefiro relações com humanos ou com um robô ? Não, a alternativa para eles é ficar absoluta e a relação com um robô", disse.

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