quinta-feira, outubro 09, 2008

Para refletir ...

"Descobri que existem caminhos menos dolorosos e que é possível você conquistar o desenvolvimento da consciência sem tantos sofrimentos. Só que para isso, terá que pagar o preço do esforço próprio, da coragem de confrontar os valores falsos nos quais acreditou até agora. A educação errada a que todos somos submetidos desde que nascemos, utilizada também por aqueles que nos amam, na intenção louvável de nos proteger contra o mal, de nos ensinar e nos conduzir ao bem, em vez da felicidade desejada tem nos levado ao desequilíbrio, aos altos e baixos emocionais, à limitação dos nossos potenciais, tendo como conseqüência a depressão, o estresse e ainsegurança. É que em vez de valorizarem nosso lado bom, salientarem nossas qualidades, puxarem para fora o que temos de melhor, valorizam o mal, policiam os erros, reprimem atitudes que não se encaixam no modelo estabelecido de normalidade,sem perceber que a vida é versátil e que, mesmo tendo valores próprios e eternos, criaram pessoas diferenciadas, com aptidões diversas que não podem ser enquadradas a uma regra comum.Claro que há leis de proteção que disciplinam as relações sociais, organizame mantêm a ordem que nosso bom senso manda acatar e seguir. Respeitar as leis de trânsito, por exemplo, favorece nossa segurança, assim como tantas outras que estabelecem os direitos dos cidadãos.Não é a isso que me refiro. A organização, a disciplina e a ordem precisam ser respeitadas, porque nos ajudam a viver melhor. Estou falando dos conceitos de comportamento, do modelo de normalidade estabelecido, do julgamento sumário e deprimente de todos aqueles que são diferentes da maioria.Esses modelos mudam de acordo com o momento. Antigamente eram mais rígidos,porém, ainda, tanto na escola como dentro de casa, os adultos, a pretexto de educar, forçam as crianças a entrar nos modelos convencionais. Há padrões para tudo. Para beleza física, para formação profissional, para vida em família, para o relacionamento afetivo, etc. São eles que, colocados como fundamentais desde cedo, estabelecem crenças, obstruem a livre manifestação da vocação profissional, impedem a pessoa de amar com naturalidade, criam bloqueios e conflitos.Para serem aceitos, agradar e tornar-se bem-vistos, todos entram no contexto da maioria, com medo de serem discriminados e apontados como exceção. Acontece que não há duas pessoas iguais. Então, o recurso é reprimir a expansão do próprio eu e tentar adaptar-se ao convencionado. Quando você faz isso, trai sua natureza, foge à programação que a vida fez a seu favor, perde a identidade, ignora a própria força, torna-se inseguro. Não sendo honesto consigo mesmo, não expressando o que sente, se impedindo de ser aquilo que é, não confia mais no próprio discernimento nem na própria capacidade.Como não confia em si, passa a valorizar o que a maioria diz. Vive consultando os outros. Baseia-se nas informações de terceiros para gerir a própria vida. Segue o que eles disseram. Quanto mais famosos e mais importantes forem, mais você se orienta por eles.A educação acadêmica favorece esse conceito. E, quanto mais culto, mais intelectual, mais você se ajusta a esse papel. Quanto mais ajustado nele,mais incapaz de controlar as próprias emoções, mais deprimido, mais só, mais descrente e amargurado fica.A solidão, o vazio no peito, a angústia e o abandono que você sente, revelam o quanto está distanciado da sua verdadeira identidade. O quanto você ignorou e reprimiu os valores verdadeiros do seu espírito. É triste isso, porquanto a vida deseja mostrar-lhe que você pode viver melhor, progredir sem sofrimentos, ir pelo bom senso, pela inteligência.Contudo, você resiste pressionado pelas crenças que aprendeu, continuando a não querer enxergar as coisas como são, com medo de perder o que nunca possuiu. Então, atrai a dor, o sofrimento, a perda real, porque só elas podem quebrar essa auto-hipnose e fazer com que você perceba a verdade.Quando todas as portas se fecharam, quando tudo quanto você acreditava ruiu,quando não confia em mais ninguém e sente que só pode contar consigo mesmo, só a fé na espiritualidade pode renovar sua confiança na vida e fazer com que você reaja. A fé na espiritualidade é pessoal e intransferível. É conquista de cada um.Os fatos estão acontecendo, tudo trabalha a seu favor, quanto ao aproveitamento, fica por sua conta."

Nenhum comentário: