domingo, julho 19, 2009

Mulher barbada

Estudo de chineses desvenda genética de mulher barbada.

Um estudo divulgado por cientistas chineses revela as causas genéticas da hipertricose terminal generalizada congênita, a síndrome da "mulher barbada".

O trabalho, publicado na revista científica "American Journal of Human Genetics", aponta quais são os genes associados ao desenvolvimento da doença.

Mencionada na literatura médica pela primeira vez em meados do século 18, a síndrome genética ficou famosa na época por ter acometido Júlia Pastrana, uma índia mexicana.

Aliciada por um circo, ela viajou mundo afora exibindo seu rosto a quem se dispusesse a pagar para vê-lo.

A hipertricose terminal generalizada, na verdade, não faz crescer cabelos apenas no rosto, mas no corpo todo. A doença também afeta a forma do rosto dos portadores e causa crescimento excessivo da gengiva.

Segundo os cientistas, apesar de relatos episódicos sobre casos da doença serem bastante conhecidos na literatura médica, não havia provas ainda de que o mal fosse de origem genética. A dificuldade em estudar o distúrbio é que ele é muito raro.

Agora, as amostras de DNA analisadas pelos cientistas , doadas por três famílias chinesas que tinham integrantes portadores da hipertricose, trouxeram finalmente a prova.

O estudo estabelece que a hipertricose terminal congênita generalizada é um distúrbio genético, mas, apesar de ter descoberto quais genes causam a doença, seu estudo não permite dizer ainda como eles atuam.

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