sexta-feira, setembro 25, 2009

Ser bissexual está na moda ou é tendência de comportamento?




A bissexualidade (não se fala bissexualismo, pois ¿ismo¿ remete à doença, e a homossexualidade e seus derivados não são consideradas doenças de acordo com a Organização Mundial de Saúde), é definida quando uma pessoa tem orientação sexual voltada para ambos os sexos. Os especialistas em comportamento garantem que não é moda ou marketing e, sim, tendência. ¿As pessoas estão mais abertas a experimentar o desconhecido¿, disse a psicóloga e sexóloga paulista Carla Cecarello. Isso se explica diante da indefinição amorosa pela qual muitos passam depois de numerosos relacionamentos sem sucesso. "É uma forma de encontrar."

Segundo a psicanalista e sexóloga carioca Regina Navarro Lins, autora de A Cama na Varanda (Ed. Best Seller), vivemos uma profunda transformação das mentalidades desde que a mulher passou a escolher seu rumo sexual com o surgimento da pílula, na década de 1960. O amor romântico começa a sair de cena levando com ele uma série de ideais, como o direito de exclusividade, abrindo espaço para um novo tipo de amor surgir. Um deles é a bissexualidade.


Mídia
Sem dúvida, mulher com mulher dá audiência. As moças são bonitas, vaidosas, ricas e famosas. E aparecem na mídia declarando (ou mostrando) que gostam tanto de meninos como meninas. Tudo começou com o beijo de Madonna em Britney Spears no Video Music Awards, em 2003. Não foi um selinho e, sim, um beijo cinematográfico. Entre as brasileiras, até a deusa do axé Daniela Mercury não resistiu e lascou um beijinho em Alline Rosa em uma gravação de DVD. No último Big Brother, o beijo de Priscila e Milena debaixo d'água 'bombou' na internet.

Parece que a sociedade aceita mais duas mulheres se beijando, afinal é comum as meninas, desde crianças, viverem abraçadas, de mãos dadas, dormirem juntas. Já os homens são menos aceitos nesse esquema. "A homossexualidade masculina é vista como uma traição à cultura patriarcal. Por isso é mais fácil para a mulher assumir, aparecer em público e fazer propaganda", disse Regina Navarro.

Adolescência
Os mais tradicionais podem imaginar que tantas cenas e declarações de ídolos mexem com a cabeça das adolescentes. Para a sexóloga Carla Cecarello, as adolescentes de hoje estão num mundo cheio de informações, o que facilita o aprendizado e também o desejo de experimentar ¿ algo inerente à formação. Contraditoriamente, muitas até dão selinhos nas amigas para chamar a atenção dos meninos.

Mas é bom que fique claro: a orientação sexual, segundo ela, é definida na infância, mas assumida na adolescência. "As experiências vão consolidar a orientação sexual já definida, e o adolescente vai tomar consciência disso." Portanto, ter uma experiência com pessoa do mesmo sexo na adolescência não significa ser bissexual. "Experiências esporádicas não definem uma pessoa como bissexual", afirmou Carla.

(Fonte : Site do Terra)

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