quinta-feira, novembro 19, 2009

Amor e ódio...

Dizem os cientistas que, amor e ódio nascem no mesmo lugar.

Dizem que o amor vem do coração, mas e o ódio? Pesquisadores estão em busca dos fundamentos neurológicos do ódio, assim como da música, da religião, da ironia e de outros conceitos abstratos. A ressonância magnética funcional começa a revelar como essa forte emoção se inicia no cérebro.

Semir Zeki, neurobiólogo do Laboratório de neurobiologia da University College London, liderou um estudo que mapeou os cérebros de 17 adultos enquanto contemplam imagens de pessoas que eles admitiram odiar. Áreas no giro frontal medial, putâmen direito, córtex pré-motor e insula medial foram ativados.

Os pesquisadores observaram que partes do chamado "circuito do ódio" também estão envolvidas no início de um comportamento agressivo, mas sentimentos intrinsecamente agressivos, como raiva, perigo e medo - apresentam padrões cerebrais diferentes dos do ódio.

Certamente o ódio pode surgir de sentimentos positivos, como o amor romântico, na figura de um ex-parceiro ou rival em potencial. O amor, porém , parece desativar áreas tradicionalmente associadas com o julgamento, enquanto que o ódio ativa áreas do córtex frontal que podem estar relacionadas com a avaliação de outra pessoa e previsão de seu comportamento.

Algumas associações com o amor, entretanto, são surpreendentes, observam os autores do estudo publicado em outubro de 2008. As áreas do putâmen e insula ativadas pelo ódio são as mesmas das do amor romântico. Essa relação pode explicar porque amor e ódio estão tão intimamente relacionados nas pessoas.

Mas ainda é muito cedo para esta afirmação. Outras emoções como felicidade e tristeza, já são mais bem compreendidas, até sensações como arrependimento têm coordenadas neurais bem definidas.

Precisa ainda realizar mais pesquisas sobre aspectos bem específicos e tipos de ódio - incluindo ódio contra grupos de pessoas em vez do ódio a uma única pessoa, e testá-las em diferentes situações.

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