domingo, maio 13, 2007

Você sabia ...

A norte americana Anna Jarvis instituiu a data festiva em 1907 para lembrar a mãe, que havia perdido tres anos antes.

Até o começo do século XX, não se festejava o Dia das Mães. Suas origens remotas estavam no início do século XVII, quando havia na Inglaterra o chamado "Mothering Day" , celebrado no quarto domingo da Quaresma e dedicado às mães das mulheres operárias.

Neste dia, as trabalhadoras tinham folga para ficar em casa com as mães e preparavam o "mothering cake" , um bolo que tornava o dia ainda mais festivo.

Nos Estados Unidos, a primeira sugestão em prol da criação de uma data para a celebração das mães foi dada em 1872 pela escritora Júlia Ward Howe, autora de "O Hino de Batalha da República".

Mas foi outra norte-americana, Anna Jarvis, no Estado da Virgínia Ocidental, que iniciou a campanha para instituir o Dia das Mães.

Em 1904, Anna, filha de pastores protestantes, perdeu sua mãe e entrou em grande depressão.

Preocupadas com aquele sofrimento, algumas amigas tiveram a idéia de perpetuar a memória de sua mãe com uma festa.

Anna quis que a festa fosse estendida a todas as mães, vivas ou mortas, com um dia em que todas as crianças se lembrassem e homenageassem suas mães.

A idéia era fortalecer os laços familiares e o respeito pelos pais.

Durante tres anos seguidos, Anna lutou para que fosse criado o Dia das Mães. A primeira celebração oficial aconteceu somente em 26 de abril de 1910, quando o governador da Virgínia Ocidental, William E. Glasscock, incorporou o Dia das Mães ao calendário de datas comemorativas daquele estado.

Rapidamente, outros estados norte-americanos aderiram à comemoração.

Finalmente, em 1914, o então presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson (1913-1921), unificou a celebração em todo o país, estabelecendo que o Dia Nacional das Mães deveria ser comemorado sempre no segundo domingo de maio.

A sugestão foi da própria Anna Jarvis. Rapidamente, mais de 40 países adotaram a idéia.


Cravos : símbolo da maternidade


Durante a primeira missa das mães, em 10 de maio de 1907, Anna enviou 500 cravos brancos, escolhidos por ela, para a igreja de Grafton. Em um telegrama para a congregação, ela declarou que todos deveriam receber a flor. As mães, em memória do dia, deveriam ganhar dois cravos. Para Anna, a brancura do cravo simbolizava pureza, fidelidade, amor, caridade e beleza. Durante os anos, Anna enviou mais de 10 mil cravos para a igreja, com o mesmo propósito. Os cravos passaram a ser, posteriormente, comercializados.

O Dia das Mães passou a ser uma data triste para Anna. A popularidade do feriado fez com que a data se tornasse um dia lucrativo para os comerciantes, pricipalmente para os que vendiam cravos brancos.

"Não criei o dia das mães para ter lucro", disse a um repórter, em 1923. Neste mesmo ano, ela entrou com um processo para cancelar o Dia das Mães, sem sucesso.

Ela morreu em 1948, aos 84 anos e nunca chegou a ser mãe.


No Brasil


O primeiro Dia das Mães brasileiro foi promovido pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, no dia 12 de Maio de 1918.

Em 1932, o presidente Getulio Vargas oficializou a data no segundo domingo de maio. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que esta data fizesse parte no calendário oficial da Igreja Católica no país.

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