segunda-feira, março 30, 2009

O que as mulheres querem

Estudo canadense mostra que o desejo sexual feminino é muito mais rico e bem menos sincero que o masculino.


Um estudo divulgado no Canadá com o objetivo de (tentar) responder o que excita e dá prazer às mulheres pode ser mais desconcertante do que se imagina. Participaram 91 voluntários - 47 mulheres e 44 homens e exibiram para eles oito clipes com as mais variadas cenas de sexo : entre homem e mulher, entre dois homens, entre duas mulheres e até entre chimpanzés bonobos , famosos por serem, além dos humanos, a única espécie na qual o macho penetra a fêmea pela frente, olhando nos olhos da parceira.

Foram exibidas também, cenas menos eróticas, mas igualmente sensuais, de um homem caminhando nu pela praia e de uma mulher, também sem roupa, fazendo ginástica.

O propósito era medir, tanto objetiva como subjetivamente, o grau de excitação que cada uma dessas cenas provocaria nos voluntários. Para tanto, eles tiveram os órgãos genitais conectados a aparelhos que monitoravam a rigidez peniana e a lubrificação vaginal.

Dos voluntários submetidos ao estudo, pouco se sabe deles. A psicóloga Meredith Chivers (da Universidade Queen, Canadá) não divulgou faixa etária, estado civil, classe social ou nível cultural. Disse apenas que o grupo era formado por héteros e homosessuais. Mas essa falta de informações não diminuiu o impacto das conclusões. E a primeira delas diz respeito ao fato de que as mulheres se mostraram excitadas a praticamente tudo.

É como se estivessem mais interessadas no grau de excitação que a cena provocava do que propriamente no gênero do ato presente nela.

Os homens, por sua vez, se mostraram previsíveis. Os heterossexuais ficaram mais excitados com as cenas de sexo e nudez que envolviam mulheres, e os homossexuais, com as que envolviam homens.

"As mulheres são mais bem-resolvidas sexualmente do que os homens. Elas sonham, fantasiam. Excitam-se mais facilmente porque se imaginam na situação. Os homens, não. Desde crianças, são doutrinados a não demonstrar sentimentos", diz o sexólogo Amaury Mendes Junior, coordenador do curso de pós-graduação em terapia sexual da clínica Delphos, no Rio de Janeiro.

Outro dado curioso revelado pelo estudo de Chivers faz alusão ao fato de que nem sempre o dito pelas mulheres, principalmente as heterossexuais, corresponde ao que é sentido por elas. É como se a cabeça e os órgãos genitais não pertencessem à mesma pessoa.

Nas cenas de sexo entre lésbicas, as mulheres heterossexuais disseram sentir menos excitação do que o registrado pelos aparelhos.

Mas as surpresas não param por aí. Nas cenas que envolviam apenas homens, as mulheres homossexuais disseram estar menos excitadas do que o registro dos aparelhos. Por fim, héteros ou homossexuais, as mulheres garantiram não ter sentido absolutamente nada ao ver os bonobos em atividade sexual. O intrigante é que os aparelhos diziam o contrário.

Na opinião da sexóloga Marina Simas, essa incongruência pode ser fruto da repressão sexual : "As mulheres ainda não aprenderam a fazer a real leitura do que sentem, querem e desejam".

Diferentemente do verificado com as mulheres, os resultados obtidos nos questionários masculinos sempre sempre coincidiu com a leitura dos aparelhos que monitoravam a ereção. Mais uma vez nçao houve surpresas.

Para os especialistas brasileiros, o estudo de Meredith Chivers apenas corrobora o que já se sabe há muito tempo : o universo sexual feminino é mais profundo e complexo que o masculino.


(Fonte - site infowebnews)

Nenhum comentário: