sexta-feira, dezembro 07, 2007

Funcionário fica mais motivado se colega ganhar menos...

Cientistas verificam que competição é um fato importante para a felicidade profissional.Mesmo quem ganha muito bem fica desmotivado se colega ganhar ainda mais.A sua dedicação ao trabalho está diretamente ligada ao salário. Mas não ao seu salário.

Um estudo feito na Alemanha mostra que o pagamento recebido pelo colega influencia diretamente a sua motivação. Você pode até não ganhar bem, mas vai ficar mais feliz se ganhar mais que a outra pessoa que faz a mesma coisa. Da mesma maneira, seu salário pode ser astronômico, mas você vai ficar desmotivado se seu colega ganhar ainda mais.

A descoberta é o primeiro resultado de um grupo de pesquisadores alemães da Universidade de Bonn que busca entender o comportamento do "Homo oeconomicus" , como chamam. Para fazer suas pesquisas, eles utilizam ressonância magnética para observar diretamente o cérebro de voluntários.

No trabalho que foi publicado na revista "Science", Christian Elger, ArminFalk e seus colegas analisaram o comportamento e a atividade cerebral de 38 homens enquanto eles realizavam uma série de tarefas remuneradas em pares.

Deitados um ao lado do outro em máquinas de ressonância, eles tinham que estimar, ao mesmo tempo, o número de pontos que apareciam em uma tela. Toda vez que acertavam, recebiam uma recompensa financeira que ia de 30 a 120 euros. Todos os participantes eram informados do desempenho e do pagamentodo colega ao lado.

Como esperado, os participantes registraram atividade na área do cérebro que controla nosso sistema de "recompensas" no momento em que recebiam o pagamento pelo trabalho feito. No entanto, essa ativação era ainda maior se eles percebiam que tinham recebido mais dinheiro que o colega que trabalhou ao lado.

Da mesma maneira, o colega que recebeu menos registrava uma atividade cerebral menor na região.A escolha de estudar apenas homens foi tomada porque, segundo os pesquisadores, eles são muito mais competitivos quando o assunto é dinheiro do que as mulheres. Agora, os cientistas vão verificar se o mesmo comportamento pode ser observado entre elas.

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