segunda-feira, maio 04, 2009

Audrey Hepburn, a atriz mais elegante do cinema


Nunca houve no cinema alguém que reunisse beleza, classe, elegância e respeitabilidade como Audrey Kathleen Ruston, mais conhecida como Audrey Hepburn. Nascida a 04 de maio de 1929, a atriz belga, estrela de clássicos como Bonequinha de Luxo, foi admirada por todos os artistas com quem contracenou e foi a maior musa do estilista Hubert de Givenchy. Até hoje, a atriz tem uma legião de fãs e continua a ser considerada um ícone de moda.

Audrey nasceu na Bélgica, filha de pais de ascendência inglesa, mas viveu grande parte de sua infância na Holanda. Seu sonho era ser bailarina e estudava muito para isso, mas a invasão nazista nos Países Baixos mudou seus sonhos. Seu pai, fascista de carteirinha, abandonou a família quando ela era pequena. Nos difíceis anos de guerra, Audrey dançava para angariar dinheiro para a resistência holandesa e, devido ao infame inverno da fome, onde os alemães tiraram toda a comida da população holandesa, ela desenvolveu uma anemia crônica e alguns problemas respiratórios. Essa experiência terrível iria inspirar-lhe anos mais tardes a lutar por causas humanitárias e se tornar uma atuante embaixadora da UNICEF.

Com o fim do conflito, Audrey se mudou para Londres e trabalhou como modelo para poder pagar aulas de dança. Seu professor na época, porém, a alertou para o fato de que, apesar do talento, ela nunca conseguiria chegar à prima ballerina devido à sua altura e aos problemas causados pela desnutrição. Assim, a musa partiu para a interpretação, trabalhando em pequenos papéis no cinema inglês. Em 1951, foi escolhida para o papel-título de Gigi, sobre uma cortesã na Paris da Belle Epoque. A própria autora da peça, Sidonie-Gabrielle Colette, a considerou perfeita para a personagem e Audrey recebeu um Theatre World Award por sua interpretação.

A estréia no cinema americano veio com A Princesa e o Plebeu, de 1952, onde contracenava com Gregory Peck. Além de impressionar o galã e ganhar destaque nos créditos do filme, Audrey ainda roubou o papel de Elisabeth Taylor, que na época já era uma grande estrela. Acabou ganhando um Oscar e o Globo de Ouro por sua princesa Ann.

Logo depois veio Sabrina, com Humphrey Bogart e William Holden. Audrey e Holden tiveram um intenso affair (apesar de ele estar casado na época) que terminou quando ele confessou que não podia ter filhos devido a uma vasectomia.

E foi nesse filme que se iniciou a parceira e a amizade com o então estreante estilista Hubert de Givenchy. A história já é clássica: Audrey o procurou para escolher vestidos para a personagem e ao ler o sobrenome dela, Givenchy pensou se tratar de Katherine Hepburn, excelente atriz, mas com um gosto masculinizado para moda. Ele recusou-se a vê-la, Audrey insistiu. Quando finalmente se viram, o mestre da moda caiu de quatro. Por anos a atriz teve acesso à coleções inéditas e peças exclusivas. Os dois foram amigos até a morte dela.

Audrey trabalhou com uma infinidade de grandes galãs: Henry Fonda em Guerra e Paz, Cary Grant no delicioso Charada, Gary Cooper em Amor na Tarde, Rex Harrison em My Fair Lady, entre outros. E em cada um de seus parceiros deixou uma marca. O próprio Grant teria afirmado que no Natal queria de presente outro filme com Audrey.

Em Cinderela em Paris, ela teve a chance de mostrar nas telas seu talento de infância e dançou com Fred Astaire. Seu outro grande papel de destaque foi Holly Golightly, em Bonequinha de Luxo, de 1961, dirigido por Blake Edwards e musicado por Henry Mancini.

Nos 25 anos seguintes trabalhou em apenas 12 filmes, onde se destaca o suspense Clamor das Trevas, de 1969. Sua última aparição nas telonas foi em uma ponta em Além da Eternidade, de Spielberg.

Audrey Hepburn foi casada duas vezes, uma com o ator Mel Ferrer (com quem teve um divórcio complicadíssimo) e outra com o psiquiatra italiano Andrea Dotti. Teve um filho com cada um deles. Nos seus últimos anos de vida, viveu com o ator holandês Robert Wolders. Comenta-se que durante sua carreira teve pequenos romances com Gregory Peck e com Albert Finney, sempre negados por ela e por seus parceiros.

Ela não se achava bonita (disse certa vez: "separadamente, minhas características não são perfeitas"), mas deixou como marca registrada sua elegância e classe. Audrey é até hoje a rainha do "pretinho básico". Ficou conhecida por sua elegância discreta e cheia de charme, tudo sem nem um único pingo de excesso. Inteligentíssima, lia muito e falava fluentemente inglês, italiano, francês, holandês e espanhol. Como todo bom mortal, tinha seus pequenos pecados, como tomar dois dedos de uísque e fumar seis cigarros todos os dias. Faleceu de câncer no útero em 20 de janeiro de 1993, aos 63 anos de idade.


(Fonte - site do Terra)


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