Não te desejo mais pela amargura
nem pelas alegrias inconstantes:
quero beijar nas tuas mãos distantes
o amor que me alivia e transfigura.
Quero, sonhando a adolescência pura
no teu corpo febril, das mãos amantes,
colher nos ventos tudo quanto dantes
ambicionara em sedes de loucura.
Quero o teu riso, o teu silêncio, a graça
do teu vestido ao vento, o andar sereno
de ave marinha pelas madrugadas.
Quero colher em ti o que não passa
e pulsa em mim como o teu leve aceno
na distância impossível das estradas.
Alphonsus de Guimarães Filho
(1918-2008)
nem pelas alegrias inconstantes:
quero beijar nas tuas mãos distantes
o amor que me alivia e transfigura.
Quero, sonhando a adolescência pura
no teu corpo febril, das mãos amantes,
colher nos ventos tudo quanto dantes
ambicionara em sedes de loucura.
Quero o teu riso, o teu silêncio, a graça
do teu vestido ao vento, o andar sereno
de ave marinha pelas madrugadas.
Quero colher em ti o que não passa
e pulsa em mim como o teu leve aceno
na distância impossível das estradas.
Alphonsus de Guimarães Filho
(1918-2008)
Nenhum comentário:
Postar um comentário