domingo, agosto 26, 2007

"Tripla jornada, a mulher na berlinda"...

A saúde da mulher nunca esteve tão na berlinda. O acúmulo de tarefas e a pressão cada vez maior para brilhar no trabalho, na familia e mesmo diante do espelho estão acabanado com a saúde feminina.

Doenças típicamente masculinas tornaram-se uma verdadeira epidemia no nosso mundo - hoje, vítimas dos piores prejuízos do estresse.

Um estudo com 7 mil mulheres, acompanhadas por 17 anos pela clínica carioca Med-Rio Check-up , revelou as desvantagens para a saúde da mulher moderna e multifuncional. Ficou claro um aumento expressivo dos fatores de risco - principalmente para as doenças do coração.

Casos de colesterol e triglicérides subiram de 25% para 40% e hipertensão arterial, de 11% para 18%. A maioria pesquisada são profissionais liberais e executivas moradoras de grandes cidades, na faixa etária de 42 anos, com dois filhos em média.

"As jornadas, muitas vezes triplas - se incluirmos cursos de especialização de pós-graduações a que as mulheres se submetem hoje - têm um preço caro ", adverte Gilberto Ururahy, diretor médico da clínica. Níveis de estresse e estilo de vida inadequado cresceram entre as participantes de 40% a 60%.

Segundo Ururahy, há apenas uma década, um em cada dez infartos do miocárdio acometiam mulheres. Hoje, esta proporção foi aumentada de três para um. Pior : o mal se tornou a primeira causa de morte dentro do universo feminino.

"A mortalidade entre mulheres provocada por infarto e também por acidente vascular cerebral (AVC) é duas vezes mais elevada do que todos os tipos de cãncer somados" - assegura Gilberto Ururahy.

Segundo o especialista, a mulher precisa conhecer os fatores de risco para a sua saúde e tratá-los, minuciosamente, um a um. Elas precisam mesmo fazer exercícios e dieta balanceada, além de ter momentos de prazer em vez de focar toda a sua devoção no trabalho", aconselha.

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