Iniciativa que começou na Austrália é um protesto contra o aquecimento global.
Na festa em São Paulo não havia produtos descartáveis.
Num prédio de 40 apartamentos da agitada rua Rodésia, na Vila Madalena, bairro símbolo de balada em São Paulo, o salão de festas estava às escuras. as, lá dentro, a animação corria solta : cerca de cem pessoas tocavam, cantavam e bebiam para celebrar um casamento, à luz de velas.
O clima de apagão atendia ao pedido da Hora do Planeta , iniciativa criada em 2007, em Sidney, pela organização não-governamental WWF (Fundação para a Vida Silvestre, na sigla em inglês).
A noiva Marcela Ribeiro, 28 anos, cantora , disse que desde pequena, sempre separou o lixo e que a festa poderia ser uma iniciativa para conscientizar as pessoas. Nada de copos ou bandejinhas descartáveis. Tudo de vidro e porcelana. O convite foi enviado por e-mail informando sobre a adesão a Hora do Planeta e trazia o site WWF para que todos chegassem ao evento já informados.
Dez velas iluminaram o ambiente e foram feitas de sobra de parafina e decoradas com resíduos (casca de alho, palha de milho, pedaços de vidro).
"O importante é chamar a atenção para o aquecimento global. Cerca de 75% da emissão de CO2 no Brasil vem do desmatamento," disse o presidente do WWF.
A animação da festa , dispensou eletricidade e ficou por conta de clássicos como "Samba do Arnesto", de Adoniram Barbosa.
"Ninguém reclamou", disse o noivo, designer de 22 anos.
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